é meu desejo

que recebas da chuva aquilo que o vento não traz ...

ou então chumbinhos de pesca !

tenho cá um pressentimento que anda por aí alguém a detectar as nossas movimentações. Deve ser daqueles que andam lá no alto, ou por baixo da terra, a descobrir os momentos de cada um. Assim, é quando estamos prestes a saltar para o ar numa de nos deixar a pairar, que vem e atira com um saco de pedras de aço.
para cairmos e batermos com a cabeça no chão.

(mas olha lá, quem é que tá direito hein?)

a ironia de uma aula sobre asfixia (this feeling is so hard that i can't breathe)

eu sabia que havia algo que me incomodava nos jeitos.
há coisas que simplesmente se sabem.
não entendia se eram as palavras ou a expressões (perfeitas deambulações), 
suspeitei (até) das intenções.
sabia que havia algo que me deixava inquieta e, de vez em quando, ocorriam segundos em que, claramente, o relógio parava para mim, e o som passava a arrastar-se. mantinham-se os movimentos, e eu suspensa no que não tinha fundo.
acabei por entender que a gentileza enjoativa e a atracção mística que surgiam em jactos, não eram mais do que ecos de ti. desenhados nos espelhos que aquela sala criou.
não me consegui mover mais. 
a caneta parou e a letra deixou de escrever aquilo já nem sequer faria sentido aos olhos de quem lá ouvia.
os pensamento fugiram com a pressa de quem se inibe pelo medo, e eu deixei-me ficar perdida por entre as conversas sibilares.
eras tu.
e eu não fui capaz de escapar daquele turpor!

07h50

..e há um dia em que a alma nos rebenta nas mãos!