enquanto continuo a pensar no fim

temos o mar como fundo e a nossa esplanada preferida como palco de conversa. digo.te que me senti enganada, no início não era assim, foi muito mau e tem vindo a melhorar .. mas a bola pesada de tudo o que passei por ti e contigo,( mesmo que o presente seja diferente), está a ser cada vez mais difícil de carregar.
dizes-me que me entendes. que sabes o que és. que sabes o que me fizeste. dizes que achas que não tenha que ser o fim e que se já entrámos na recta (muito afunilada) da melhoria, não faz mais sentido deixar pesar o passado. 
dizes-me que me dás razão. que queres e serás diferente. que já o estás a ser. que são passos pequenos e demorados mas que juntos chegaremos ao destino certo. e, aliás, mais importante é o caminho não o destino e que, assim, não estamos a aproveitar caminho nenhum.
e eu estou a deixar-nos presa no passado, com medo do futuro. estou a perder o presente contigo. e dou-te razão.
porque o meu medo é deixar que o passado seja esquecido, aproveitar o presente como fazia em tempos  e depois o futuro ser o maior trambolhão da história dos amores perdidos.
quero acreditar com toda a tua mesma certeza de que somos os dois feitos de coisas difíceis e impossíveis e que já passámos tanto que não há nada que não consigamos passar mais. quero acreditar nesses teus olhos verdes que me dizem que há uma possibilidade em nós e que é nela que vamos querer continuar a viver.
quero correr na praia, na areia, no jardim com os braços abertos e o coração cheio no peito, sem medos, sem preocupações, sem receios de que, um dia, tudo isto esteja destinado a acabar.

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