quatro de junho de dois mil e doze

cheguei, mais uma vez, ao quarto de hotel com a sensação de não ter sensação nenhuma. a viagem situa-se algures entre as doze horas de oportunidade para pôr em conversa em dia, acertar as horas de sono ou, simplesmente, não pensar em nada. normalmente todo o sentimentos de expectativa, nervosismo e antecipação que antecedem o dia da viagem desaparecem quando entro no carro alugado e volto a aperceber-me de que não tenho mão em nada-
nem nisto, nem na minha vida.
vou passando por momentos vários, mais ou menos como as estações do ano, só que muito rápido e sem sequer passar muito tempo pela primavera-verão. sempre me considerei uma alma de cores quentes mas, neste momento, vivo numa casa de campo outono-inverno onde o vento que se vai arrastando ao longo dos dias se junta ao gelo em que se tem vindo a transformar o meu coração.
tenho muito pouca vontade de visitas ao meu espaço e o meu espaço é cada vez menor para receber o que quer que seja.
é cada vez menor para mim própria.

Sem comentários:

Enviar um comentário