desejado




porque há aquelas partes do tempo em que vives, que tens de passar. e não há poder para impedir de entrar, agarrar, espalhar e contaminar. aquelas que te fazem conhecer os teus limites, os limites dos outros. e há dias em que és de elástico e chegas onde nunca pensaste chegar, e há dias em que te transformas em pedra dura, onde nem a acidez da lágrima que força, é capaz de corroer a culpabilidade do correr dos dias. e pareces cristalizar. em ti, nos minutos e no espaço desse mundo que não entendes mas que tenta entender-te a ti.

alternas facilmente entre o preconceito de ti e a plenitude do que imaginas um dia poder vir a existir. acabas por deixar a vontade por detrás de um qualquer beco e deixas-te consumir pela possibilidade de, afinal, algo surgir pintado do mundo inesperado. desejado.


Sem comentários:

Enviar um comentário