pure morning

acordas de manhãzinha. 
está na janela aquele sol amarelo que ainda não aquece mas que, mesmo assim, já não te deixa dormir mais.
levantas.te para fechar as portadas porque não há nada como um quarto bem escuro para fazer enterrar fantasmas e mergulhar deep down naquele sono que deveria ser reparador ou apagador de histórias.
e, de repente, o frio da janela lembra-te que, afinal, há calores que não esqueceste e, por momentos, queres tanto voltar a eles que os teus pés parecem quase desgarrar do chão.
assustas-te pela força e energia que afinal as desfocagens ainda têm. seguras.te bem à mesa que tens a teu lado para que não haja sequer a possibilidade de viajares.
fechas as portadas muito depressa e com muita força
assim desaparecem os monstros e escondes as lágrimas, não vá dar-se o caso de alguém entrar de repente.
e corres para a cama para te esconderes debaixo dos lençois, do endredon, e da manta. e mais tecidos houvera para que nem tu própria pudesses ver o que a força do tempo ainda não foi capaz de fazer desaparecer.

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