L.

não me venhas sequer falar. porque eu hoje estou que nem posso .estou que nem posso comigo nem com nada .
e é isso mesmo com que eu estou. com o nada. o nada de todas estas coisas com que me deixaste depois de por mim passares.  de em mim não parares.
não me venhas sequer falar .não quero saber do teu estado de espírito .não quero saber da tua fome nem da tua sede .nem sequer quero saber de ti. 
não me venhas despejar as tuas vontades e necessidades .não me venhas despejar palavras como se o antes de ontem não tivesse tido qualquer culpa naquilo que é amanha o teu discurso para mim.
quero saber magia e fazer desaparecer os tempos percorridos na vontade de ti.
quero perder o fio à meada, e não saber onde te encontras .
não me venhas sequer falar .porque quando me falas estremeço .e por muito que tente pegar nas gotas e deitá-las fora, o rio parece querer continuar no meu corpo quando te vejo .

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