quando o telefone toca .

olha lá, mas afinal, quantas vezes terei de repetir ? sabes tão bem, ou melhor, que eu, que aquilo que finges quando me falas, é apenas o aceitar daquilo que ambos bem sabemos ser inevitável um dia. 
e, eu sei, tão bem, ou melhor, que tu, que aquilo que o universo discorda, é apenas do minuto que teimámos em existir .eu na tua .e tu na minha .
o que na verdade mora em nós agora, é o silêncio forçado de assuntos banalizados, socialmente (bem) escrutinados. porque quando queremos saber dos fogos que nos assistem, apenas temos coragem de nos perguntar um ao outro pelas águas remotas de uns (e outros) oceanos que deixámos por conhecer.
apenas temos coragem de perguntar pela água.
insípida.
e que essa (ao menos essa!) seja capaz de lavar decentemente os pecados que em nós guardamos sempre que em nós pensamos. 
tu porque não podes querer .eu porque não quero poder ameaçar-te.
e acabamos sempre nesse mesmo lugar .aquele que eu e tu conhecemos bem demais. olhos fechados .olhos abertos .como queiras !
isso já nem sequer nos interessa ...
quantas vezes terei de repetir que é lá que vamos acabar ?

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