depois de um grande e farto jantar.

"- tens um comprimido para o estômago?"
"- porquê, estás mal dispostas?"
"- não, é para ti." e meteu-lhe a mão dentro das calças. Nem teve que se mexer já que ela, sedenta, ou de sexo ou de atenção, fez tudo pelos dois. 8 minutos e um cigarro no sofá da sala. Ela nunca deixou que fumassem no quarto "o cheiro entranha-se por todo o lado". E ele obedecia, a não ser quando tinha a certeza que ela já ia longe e não podia ser apanhado.
Ela olhava a janela. Ele, o jogo dos tiros.
"- que romântico não é?". A ironia era mais do que óbvia nas suas palavras dirigidas ao ar."-sabes que não o sou". mas era, na maioria das vezes, era mais do que pensava. "-além disso, só estou a jogar ..se estivesse a olhar para a estrelas já te parecia romântico não era?", "-sim". "-parvoíce. íamos os dois estar a fazer exactamente a mesma coisa, olhar para as estrelas, para um jogo ou qualquer outra coisa que nos aptecesse. não deixa de ser um sítio para olhar, eu não posso olhar por ti e tu por mim. são sempre dois olhares diferentes."
Ficou sem resposta. Ou sem palavras ou sem vontade de responder. Levantou-se e foi dormir.

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